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No dia 21 de janeiro, o 9º B teve uma aula diferente no auditório da escola. A convite do projeto de História Local do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, a Dra. Luísa Cotrim, técnica superior de biblioteca e arquivo municipal, presenteou-nos com uma palestra sobre a importância dos arquivos municipais e mostrou-nos dois livros de atas, datados de 1914 e de 1917, durante o período da 1ª Guerra Mundial.

Uma das informações que nos impressionou foi o facto dos preços dos produtos serem estipulados pelo município, durante a Primeira República. Outra informação que retirámos do livro de atas de 1917, foi a ordem para a construção de um celeiro municipal para alimentar as pessoas que não foram para a guerra, porque a comida feita em Portugal era enviada para os soldados e a população escalabitana estava a passar por uma escassez de alimentos. 

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Aprendemos que os arquivos não só coisas ou livros guardados, mas antes histórias das pessoas escritas e conservadas. As atas são registos que contêm informações valiosas de época, pode conter relatos populares, acontecimentos, notícias, decisões que o município tomou. O documento mais antigo que se tem na Biblioteca Municipal data do século XIV. Ficamos a conhecer a existência de arquivos, municipais, distritais e nacionais, todos administrados pelo arquivo nacional em Lisboa. 

A Dra. Luísa Cotrim explicou que mesmo com a evolução tecnológica continuamos a escrever documentos manuscritos e que existem vários no arquivo municipal muito bem conservados que aparentam ser novos. O trabalho no Arquivo Municipal passa pela seleção de vários documentos, mas nem todos são utilizados, existem alguns que são necessários e outros que não, depois de dez anos os que não são necessários são abatidos, de acordo com a legislação vigente e alguns que não se sabe ao certo se devem ser abatidos ou não, continuam guardados até aprovação. Os arquivos servem para conservar num lugar físico e estável as memórias das comunidades. 

A Câmara Municipal de Santarém, no ano passado comprou o espólio do nosso patrono Alexandre Herculano, em um leilão privado, vários investigadores esperam chegar esses documentos após o arquivo municipal processar os documentos históricos. 

Gonçalo Garcia, 9ºB